segunda-feira, 11 de abril de 2011

Os mercados mais quentes da internet


O empreendedorismo ganhou o mundo virtual e vem expandindo fronteiras no comércio eletrônico, na educação a distância e sobretudo nos negócios ligados às redes sociais. Mas quais são os melhores caminhos diante do universo aparentemente infinito de oportunidades da web? Para responder a essa pergunta, coletamos dados e estatísticas sobre os mercados, conversamos com dezenas de especialistas e mapeamos os modelos de negócios com maior potencial de crescimento nos próximos meses. De um portal de noivas - que pagam para ter seu perfil na rede - a um site onde alunos se preparam para o Enem com aulas ao vivo e tiram dúvidas em tempo real, desbravamos um território repleto de possibilidades. A seguir, você vai conhecer iniciativas originais e lucrativas nos sete mercados mais quentes do momento: turismo, educação, entretenimento, compras coletivas, produtos e serviços para mulheres, suporte para o comércio eletrônico e marketing em redes sociais. Inspire-se: o futuro está na internet - e também nas suas mãos. .

#TURISMO
CONEXÕES LUCRATIVAS Nos últimos dois anos, o mercado virtual de turismo apresentou um forte crescimento, especialmente no que se refere à compra de passagens aéreas. Mais recentemente, aumentou também o número de sites dedicados à comparação de preços e trocas de informações. Segundo o instituto de pesquisa e-bit, 62% dos brasileiros costumam pesquisar na internet detalhes de destinos de viagem e preços de passagens e hotéis. "Há espaço para novos modelos de negócio nas áreas ligadas a esses serviços", diz Cláudio Felisoni, do Programa de Administração de Varejo da FIA (Provar).




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>>> MALAPRONTA
À procura da melhor hospedagem



FRANCISCO MILLARCH, do MalaPronta: R$37 milhões de faturamento anual com site de busca de hotéis e aluguel de carrosUm site especializado em hotéis, mas que não aceita reservas: assim é o MalaPronta, idealizado por Francisco Millarch, 38 anos, e Rodrigo Souza, 40 anos. "O site atua como um intermediário entre o consumidor e os hotéis", afirma Millarch. Funciona assim: o cliente se cadastra para ter acesso a 10 mil hotéis no Brasil e 95 mil no exterior (esses, em parceria com operadoras), realiza a busca e é direcionado para o site do hotel escolhido. A receita do MalaPronta vem das comissões que os hotéis pagam pelos clientes enviados. "No início, em 2004, ninguém acreditava no nosso modelo", diz Millarch. "Mas logo os hotéis perceberam que a ocupação aumentou e aderiram ao site." Em 2009, quando o MalaPronta incorporou um serviço de aluguel de carros, o negócio faturou R$ 37 milhões - R$ 25 milhões com hotelaria e R$ 12 milhões com locação.




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>>> YOUHOTEL
Reservas internacionais


Um site onde é possível reservar (e pagar) com antecedência sua estadia em outro país. A novidade surgiu em agosto de 2010 e responde pelo nome de YouHotel. "Criamos o site pensando em um público que procura hotéis diferenciados", diz Franco Pontillo, 38 anos, CEO do YouHotel. A empresa recebeu um investimento da empresa de venture capital Elarea, da qual Pontillo também é sócio. Com o foco em start-ups, a Elarea já investiu em empresas como BuscaPé e Direct Talk. Graças a acordos comerciais no exterior, o site garante ao viajante a facilidade de pagar, ainda no Brasil, todas as diárias. "Ele recebe um voucher, que depois será apresentado no hotel." O YouHotel, que teve um investimento inicial de R$ 2 milhões, espera faturar R$ 10 milhões no primeiro ano de funcionamento.




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>>> MUNDI
Busca de produtos e serviços


Ao contrário da maioria dos sites de comparação de preço de passagens aéreas e hotéis, o Mundi não participa da venda de produtos turísticos. Seu objetivo é simplesmente ajudar viajantes a planejar seu roteiro. "Quem vai viajar tem de tomar muitas decisões em pouco tempo", diz Guilherme Pacheco, 33 anos, que criou o site em outubro de 2008, ao lado dos sócios José Guilherme Pierotti, 32 anos, e Roberto Malta, 40 anos. "Por isso pensamos na ideia de um site só para organizar as informações." O banco de dados inclui 150 mil hotéis, 30 agências e mais de 600 companhias aéreas. Para auxiliar na escolha, hotéis, destinos e pontos turísticos recebem a avaliação dos usuários. A consulta é gratuita: o site ganha com hotéis, que pagam para ter um posicionamento melhor na busca, e com as agências de viagens, que pagam para fazer parte do banco de dados. Com 2 milhões e meio de consumidores por mês, o Mundi terá um faturamento estimado de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões em 2011 e recebeu, em 2009, aporte da Globo Comunicação e Participações.




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>>> RAPI10
Viagens personalizadas


A agência virtual Rapi10 surgiu em maio de 2008 com a proposta de ajudar o cliente a montar sua própria viagem. "Não vendemos pacotes, só passagens aéreas e hotéis, separadamente", diz Edmar Mendoza Bull, 23 anos, o criador do site. "Acreditamos que a flexibilidade é uma tendência forte no mercado: o viajante quer ter a liberdade de ir com uma companhia aérea e voltar com outra, e ficar quantos dias quiser no destino." Bull é filho do dono da agência de viagem corporativa Copastur. "Sempre quis levar o negócio para o comércio eletrônico, e a Rapi10 tornou isso possível." A empresa teve um investimento inicial de R$ 2 milhões.




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>>> ZAZCAR
Carros compartilhados


O Zazcar é a primeira empresa a trazer o conceito de car sharing para o Brasil. "É bem diferente do aluguel de carros convencional", diz Felipe C. Barroso, 31 anos, responsável pelo negócio ao lado dos irmãos Guilherme, 28 anos, e André, 26 anos. O cliente se cadastra no site, recebe em casa um cartão com chip e escolhe o dia e a hora em que vai usar o carro. Então, vai até o estacionamento indicado pelo site, desbloqueia o veículo com o cartão, entra e pega a chave no porta-luvas. Depois, devolve no mesmo local e espera a cobrança no cartão de crédito: o preço é R$ 15 por hora. Por enquanto, são apenas 12 carros disponíveis em São Paulo - o plano é chegar a 100 até metade de 2011, e depois expandir para Curitiba e Rio de Janeiro. O site conta com 287 clientes cadastrados.



#EDUCAÇÃO
UMA NOVA FORMA DE ENSINAR
Professores vendem diretamente seus cursos na internet. Os alunos escolhem com quem vão estudar e dão notas às aulas. Sim, isso já acontece hoje no Brasil. Um dos primeiros setores a realmente vingar na rede, a educação agora passa por um estágio mais sofisticado de transformação. "A web torna o aprendizado mais interessante. O estudante ganhou mais autonomia porque decide como e quando quer estudar", diz Frederic Litto, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).




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>>> BUZZERO
Rede de professores



ROBSON CATALAN, da Buzzero: um portal em que os professores vendem, sozinhos, seus cursos

No portal de educação a distância Buzzero.com, lançado há seis meses pelo empresário Robson Catalan, 33 anos, professores podem se lançar em carreira solo. Eles cadastram os cursos no site, definem o valor e ficam com 50% dos lucros. A outra metade vai para a Buzzero. Antes de efetuar o pagamento, os estudantes podem ver 25% do conteúdo. Ao final, dão nota para as aulas. Caso o nível de satisfação seja baixo, o material é retirado do ar. Segundo Catalan, o ponto forte do site é a versatilidade: são mais de 1.800 cursos, em 200 áreas distintas. "A variedade é fundamental para o crescimento da empresa", diz. Para 2011, está nos planos crescer 50% e lançar cursos em inglês e espanhol.




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>>> ENVEST
Preparação para o Enem


Uma plataforma de ensino pela internet, que usa infográficos, animações e vídeos para ajudar os estudantes a se prepararem para o Enem. Assim é o Envest, uma criação de Gian Zelada, de 44 anos, que foi colocada no ar no início de outubro. Direcionado a jovens das classes C e D, o negócio deve faturar R$ 1,5 milhão em 2011. "As aulas são ao vivo", afirma Zelada. "Dessa maneira, é possível tirar dúvidas, rever conteúdos e comparar o desempenho com o de concorrentes. No futuro, os alunos vão poder escolher o professor que querem para determinada aula." O investimento inicial foi de R$ 200 mil. O serviço é gratuito: a receita vem de empresas que patrocinam os cursos, em troca de publicidade no site.




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>>> CONCURSO VIRTUAL
Para quem procura emprego público


A proposta do Concurso Virtual, empresa fundada em agosto de 2009, é preparar pessoas para prestar as concorridas provas para cargos públicos. Professores de todas as regiões do país viajam ao Rio de Janeiro, sede da empresa, para gravar o conteúdo - que é colocado no ar em seguida. Além de conseguir rever as aulas, os estudantes podem participar de fóruns, falar com professores, fazer exercícios e simulados. A escola tem hoje 30 mil usuários ativos e fatura R$ 200 mil mensais. O objetivo é atingir a marca de 200 mil alunos cadastrados até o final de 2011. Segundo Alexandre Prado, 31 anos, um dos sócios do empreendimento, o curso agrada por ser muito prático. "Muitos alunos trabalham em período integral e não têm tempo para frequentar cursos presenciais. Oferecemos a eles a facilidade de montar seus horários", diz.




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>>> WEBAULA
Cursos corporativos


Avon, Nestlé e Sadia são algumas das companhias que compõem a carteira de clientes da webAula S/A, especializada em produzir cursos on-line para o governo, instituições de ensino e corporações. Fundado em 2002, o grupo é uma joint venture das empresas Poliedro, de Brasília, e Zargon, de Belo Horizonte, e tem 200 funcionários. Marcos Resende, 46 anos, um dos sócios, diz que o maior diferencial da webAula é propor soluções personalizadas aos clientes. "Desenvolvemos tecnologias que nos possibilitam ser flexíveis e atender aos interesses específicos de cada empresa", afirma. Formado em Ciência da Computação, antes de montar o negócio Resende era dono de uma escola de informática.




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>>> MEUINGLÊS
Lições em 15 minutos


Voltado para jovens entre 18 e 35 anos, o MeuInglês conta com podcasts, vídeos e material interativo para atrair os alunos. Lições de conversação são feitas via Skype. "As aulas têm duração de 15 minutos, o que dá dinamismo ao curso", afirma Ana Gabriela Pessoa, 29 anos, proprietária do negócio. Dentro do site, foi criada uma rede social onde o aluno pode montar seu perfil, falar com amigos e participar de discussões. O portal tem hoje 70 mil usuários, que pagam R$ 49 para ter acesso ao serviço. Ana Gabriela acredita que a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 devem impulsionar o ensino de idiomas pela web. "Já estamos sendo procurados por agentes de viagens e taxistas que não falam inglês, mas precisam aprender até o início dos eventos."


#ENTRETENIMENTO
DIVERSÃO COMPARTILHADA Um dos setores que mais vem lucrando com o fortalecimento das redes sociais é o de entretenimento. Estão em alta negócios que possibilitam às pessoas trocarem informações sobre cinema, teatro, programas de TV, livros e músicas ou que aproximem os produtores da área cultural de seu público. Sem contar o gigante mundo dos games. "É um mercado que cresce 10% ao ano no mundo", diz Winston Petty, presidente da Abragames. "Uma área promissora é a da produção de jogos sob encomenda para empresas."




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>>> ILUSIS INTERACTIVE GRAPHICS
Games para exportação


O site bilíngue - escrito em português e inglês - já dá a pista: o Ilusis Interactive Graphics almeja o mercado internacional. Criada em 2008 pelos sócios e apaixonados por jogos Wallace Lages, 32 anos, e Leonardo Arantes, 26 anos, a empresa cria games para internet, computador e plataforma PSP. "A pirataria nos impede de apostar no mercado brasileiro. No exterior, somos valorizados, já que há um maior consumo de games originais", afirma Rodrigo Mamão, 39 anos, sócio desde 2009.




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>>> GUIDU
Guia feito pelos usuários


Qualquer um pode ser um crítico de entretenimento. Com esse princípio em mente, os sócios Marcus Andrade, 27 anos, e Paulo Veras, 38 anos, ex-diretor geral e atual membro do conselho da Endeavor, criaram em setembro a rede social Guidu, com um investimento inicial de R$ 2 milhões. O site permite ao usuário cadastrado criar um perfil, fazer críticas sobre os locais que visitou (em até 250 caracteres), seguir amigos e comentar o que foi publicado pelos demais. Essa interação determina o grau de influência do usuário na rede social: ele pode ganhar status de baladeiro, cinéfilo, botequeiro e gourmet. "O site ajuda no planejamento de atividades, porque mostra a opinião de pessoas comuns e não de um crítico formado", afirma Andrade, que fatura com os patrocinadores.




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>>> GRUDAEMMIM
Celebridades em mídias sociais


A convite de Gilberto Gil, Alberto Blanco, 42 anos, e Christian Roças, 32 anos, criaram em 2007 um negócio capaz de integrar o mundo real das celebridades com o mundo virtual. A ideia era estabelecer novos canais de divulgação para os artistas na internet, explorando todo o potencial das redes sociais. "O Grudaemmim funciona como uma ferramenta de diálogo entre o público e o fã", diz Blanco. "Nosso trabalho está concentrado na produção de conteúdo criativo e em sua distribuição em multiplataformas." Além disso, a empresa realiza pesquisas de comportamento digital e faz a criação e a manutenção de sites, com destaque para o relacionamento em mídias sociais. O empreendimento, que atende artistas como Juliana Paes, Capital Inicial e Nando Reis, teve um faturamento de R$ 2 milhões em 2009 e de cerca de R$ 3 milhões no ano passado.




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>>> WEBCORE GAMES
Anúncios na forma de jogos



Fernando Chamis, da Webcore Games: faturaramento anual estimado em R$ 2 milhões com jogos para empresas

Nos últimos anos, as empresas descobriram o potencial do game como mídia. Apostando nisso, os sócios Fernando Chamis, 30 anos, Camila Malaman, 29 anos, e Winston Petty, 31 anos, investiram R$ 20 mil na criação da Webcore Games, em 2006. Desde então, a empresa de advergames - feitos especificamente para campanhas de marketing - produziu mais de 30 jogos institucionais. "A maior dificuldade desse tipo de negócio é levar o conceito da empresa para o game", diz Chamis, que conta com uma equipe de 15 funcionários. Além dos advergames, a empresa produz jogos para internet, computador, redes sociais e smartphones. Como a produção é cara, a margem de lucro da empresa é pequena, variando de 20% a 30%. Por conta disso, a Webcore procura trabalhar com grandes clientes, como Rede Globo, Johnson & Johnson e Pernambucanas. O faturamento estimado anual é de R$ 2 milhões.




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>>> SKOOB
Discussão literária


Em 2009, Lindenberg Moreira, 34 anos, decidiu investir R$ 5 mil para criar um espaço onde pudesse discutir literatura com os amigos. "Eu imaginava que, no final de 2009, o site teria cinco mil cadastrados. Mas a propaganda boca a boca foi tão grande que logo chegamos a 25 mil", afirma. Hoje, o Skoob tem 275 mil usuários registrados. "Nossa rede social não vive só de internet. Mensalmente, promovemos encontros para que os usuários se conheçam e troquem informações", diz Moreira. Voltado para o público apaixonado por livros, o espaço permite a troca de experiências. Nele é possível criar uma biblioteca virtual, escrever resenhas, saber o que está sendo lido pelos demais, registrar um histórico de leitura e fazer comentários sobre as resenhas publicadas. Em 2010, o faturamento foi de cerca de R$ 550 mil, basicamente com publicidade.

.#COMPRAS COLETIVAS
VEM AÍ A SEGUNDA FASE
Nos EUA, já são mais de 500 sites de compras coletivas. Por aqui, o fenômeno cresce na velocidade de dois novos sites por semana - passando dos 60 negócios. Agora, virá uma segunda etapa de desenvolvimento: sites segmentados, em setores como gastronomia e beleza, agregadores de endereços de compras coletivas, descontos individuais - e não por grupos. No limite, qualquer negócio de comércio eletrônico poderá oferecer esse modelo ao consumidor. "No futuro, todas as compras serão em grupo", diz Francisco Perez, do fundo de capital semente Inseed Investimentos.




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>>> OFERTA ÚNICA
Sem colaboração


No modelo de compras coletivas criado pelos sócios Rodrigo Monzoni e Antonio Mouallem, ambos com 34 anos, não é necessário um número mínimo de compradores para ativar a oferta. "Resolvemos adaptar o modelo estrangeiro à realidade brasileira", diz Monzoni. "No Brasil, as compras coletivas ainda geram receio. As pessoas têm medo de pagar antes e não ter acesso às ofertas depois." No site, quem opta por uma promoção já pode usar a oferta imediatamente. "Procuramos escolher estabelecimentos de qualidade, para ter certeza de que teremos um bom número de compradores." Entre junho e setembro de 2009, o Oferta Única, que está em seis cidades, faturou R$ 605 mil. "Em 2011, estimamos um faturamento entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões." Para chegar lá, os sócios pretendem expandir a empresa com franquias a partir de novembro. "Vamos oferecer aos franqueados uma oportunidade com investimento inicial baixo, entre R$ 5 mil e R$ 10 mil."




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>>> JELLYG
Para gays, lésbicas e simpatizantes


Cruzeiros para lésbicas, restaurantes gay-friendly, chocolates com temática homossexual: dificilmente o consumidor encontraria ofertas como essas nos sites convencionais. "Resolvemos escolher um nicho com alta demanda reprimida", diz Cibele Marques, 39 anos. Ao lado de Thais Angelotti, 29 anos, ela criou o JellyG, no ar desde o mês passado. Segundo Cibele, o site não terá apenas serviços voltados para o público gay. "Podem entrar todos os estabelecimentos gay-friendly". Para abrir o negócio, as sócias contaram com a ajuda de um investidor anjo, que entrou com R$ 500 mil. Segundo elas, o objetivo é recuperar esse investimento no prazo de um ano. "Não temos a pretensão de ser do mesmo tamanho dos sites de compras convencionais", diz Cibele, que espera levar JellyG para nove capitais nos próximos meses.




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>>> CITYBEST
Cupom dividido


Ao escolher uma oferta no site de compras coletivas Citybest, o consumidor paga apenas uma parcela do cupom - o restante é quitado diretamente no estabelecimento. "Na hora em que começa a valer a oferta, nosso parceiro passa a ganhar. No modelo tradicional, ele tem de esperar o site repassar o dinheiro", afirma Gustavo Borja, 34 anos, sócio do negócio ao lado de Sérgio Oliveira, 34 anos, e Alexandre Magno, 29 anos, todos de Belo Horizonte. "Dessa maneira, conseguimos melhores descontos." Até o final de 2010, o site atuava em dez cidades e tinha a meta de chegar a 30, com um faturamento anual de R$ 2 milhões. Nada mal para um negócio que começou com um investimento de cerca de R$ 50 mil.




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>>> BOM PROVEITO
Só restaurantes



ANDRÉ ZUCKERMAN, do Bom Proveito, quer atingir um faturamento de R$6 milhões em 12 meses com compras coletivas apenas na área de gastronomiaOs sócios André Zuckerman, 24 anos, Ivan Marinho, 30, Alexandre Zylberstajn, 25, e Henri Zylberstajn, 30, apostaram na segmentação. Lançado em setembro de 2010, o Bom Proveito é especializado em gastronomia. Até o momento, 107 restaurantes aderiram ao site, que recebe 60 mil visitantes por dia. A experiência de Zuckerman com e-commerce começou há dois anos e meio, quando abriu a Sold Leilões Online. "Meu pai tinha uma empresa de leilões, então resolvi levar essa experiência para o mundo virtual", diz. A explosão dos sites de compra coletiva chamou sua atenção e resolveu investir no filão. O objetivo é atingir um faturamento de R$ 6 milhões em 12 meses.




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>>> SAVEME
Todos os sites em um


Em vez de segmentar, que tal agregar? Com essa proposta, os ex-colegas de faculdade Guilherme Wroclawski, 27 anos, e Heitor Chaves, 25 anos, colocaram no ar em julho o site ZipMe. "Percebemos que, para ter acesso a todas as ofertas, o consumidor tinha de acessar vários sites de compra coletiva. Então pensamos: que tal colocar tudo no mesmo lugar?", diz Wroclawski. Na última contagem, o site já agregava outros 60 de 27 cidades. Em setembro de 2010, o ZipMe foi comprado pelo Buscapé, que ficou com 75% do negócio. Já com nome novo, SaveMe, o site deve ganhar uma injeção de R$ 5 milhões, que serão direcionados à mídia. "Queremos servir como porta de entrada ao universo das compras coletivas." A ideia é triplicar o número de visitantes, que hoje é de 100 mil por dia. Para 2011, está previsto um faturamento acima de R$ 10 milhões

#SITES FEMININOS
O PODER DAS MULHERES Parecia que ninguém compraria um perfil em uma rede social. Mas, no Brasil, 20 mil noivas já pagaram para ter um espaço virtual onde possam colocar listas de presentes e postar fotos do casamento. O mercado feminino na internet é um dos mais interessantes. No entanto, apesar de as mulheres serem responsáveis por 50% do comércio eletrônico (segundo o e-bit), é pequeno o número de empresas on-line dedicadas a elas. "Quando os empreendedores investirem nessa área, o resultado vai ser explosivo", acredita Andiara Petterle, da consultoria Sophia Mind.




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>>> OQVESTIR
Revista que vende tudo


A diferença entre o Oqvestir e outras publicações virtuais voltadas para o universo fashion é que ele permite às leitoras comprar tudo o que é exposto, desde sapatos até looks completos. O negócio, elaborado pela advogada Mariana Medeiros, 36 anos, caiu no gosto das mulheres. Lançado em 2009, o site recebe 110 mil visitantes únicos por mês e o faturamento anual estimado é de R$ 10 milhões. Como as roupas no Brasil não seguem padronização de tamanho, cada peça tem a descrição das medidas. "É importante a clientela se sentir segura."




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>>> EMEX
Dieta 2.0


Ao longo dos 20 anos em que trabalhou como administrador hospitalar, Cesar Pedroso percebeu que a busca pelo corpo perfeito afligia brasileiras de todas as idades. Inspirado na dieta dos pontos, Pedroso, 56 anos, investiu R$ 100 mil para montar, em 2000, o Emagrecendo.com.br. As usuárias pagam uma mensalidade de R$ 59 e têm acesso a cardápios balanceados e ao suporte de nutricionistas. "Se a usuária tem um jantar fora e não sabe o que comer, basta entrar no site e pedir sugestões às especialistas". Com o crescimento da empresa, o nome mudou para Emex e o faturamento em 2010 ficou em cerca de R$ 2,4 milhões.




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>>> LOJA DO PRAZER
Sex-shop virtual


A quantidade de opções impressiona quem acessa o portal Loja do Prazer pela primeira vez. São centenas de produtos eróticos, voltados em especial para o público feminino. "As mulheres são a maioria dos meus consumidores", afirma Daniel Passos, 30 anos, proprietário da empresa. Fundado há dez anos, o site tem mais de 500 mil clientes cadastrados e vende cerca de 8 mil itens ao mês, com valor médio de R$ 110.




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>>> AMOMUITO
Loucas por acessórios


Ainda é raro encontrar no Brasil lojas virtuais capazes de suprir a demanda feminina por acessórios. A brecha levou Vanessa Caldas, 29 anos, a montar a Amomuito.com, empresa de acessórios voltada para mulheres entre 20 e 35 anos. Para divulgar os produtos, ela faz uso das redes sociais. "Lidamos com mulheres conectadas e, por isso, o Twitter e o Facebook são fundamentais", diz Vanessa. Hoje, a loja recebe cerca de 400 pedidos por mês, a um tíquete médio de R$ 130.




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>>> ICASEI
Noivas pagam por um perfil



LUIS MACHADO, do iCasei, portal onde as noivas gastam de R$59 a R$289 por três meses para ter um perfil
O empreendedor Luis Machado, 32 anos, conseguiu um feito dificílimo: fazer com que internautas comprem uma espécie de perfil virtual. O portal icasei.com.br, fundado em 2007, permite que as noivas organizem todos os detalhes do casamento: por exemplo, elas criam um site com fotos do casal e montam as listas de confirmação e de presentes. "Disponibilizei o maior número possível de ferramentas. É importante que cada usuário se sinta único", diz. Hoje, o iCasei tem 20 mil casais ativos e recebe, em média, 600 novos cadastros por mês. Para utilizar o portal por 90 dias, é cobrada uma taxa entre R$ 59 e R$ 289. A empresa estimava fechar 2010 com um faturamento de R$ 1,5 milhão.

#SUPORTE PARA COMÉRCIO ELETRÔNICO
GANHOS NOS BASTIDORES DA INTERNET Quem abre um estabelecimento na web irá precisar de uma série de serviços: logística, pagamentos, marketing, design, finanças. Negócios que oferecem esse tipo de retaguarda estão crescendo muito. Há até sites em que qualquer pessoa monta sua loja: é só escolher os produtos que deseja vender.




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>>> NEOMERKATO
Rede de negócios virtuais


O modelo da Neomerkato é inovador: uma rede de lojas, cada qual com sua marca, mas todas integradas. "Não havia ninguém fazendo isso no Brasil", diz Carlos Soares, 29 anos, um dos seis sócios da empresa, fundada em 2005. A Neomerkato entra com um portfólio de mais de 500 produtos e toda a logística da operação, incluindo soluções de pagamento, estoque e distribuição. Cabe ao lojista criar sua própria marca e se dedicar à estratégia comercial. Para entrar na rede, ele paga uma taxa de R$ 5 mil. O faturamento será dividido com a Neomerkato: o lojista fica com 5% a 30% do total. A rede conta com 80 lojas, com faturamentos que variam de R$ 120 mil a R$ 2,5 milhões ao ano.




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>>> CHAORDIC SYSTEMS
Para envolver o cliente


Quem faz compras em sites como Amazon está acostumado a receber recomendações do tipo: "Se você comprou o CD X, talvez também goste do DVD Y". No Brasil, porém, isso ainda não é comum. "Criamos um software para serviços como esse", diz João Bernartt, 30 anos, que, ao lado de João Bosco, 28 anos, é dono da Chaordic Systems, de Santa Catarina. Fundada em 2009, a empresa está em processo de incubação no Celta. Mas já chamou a atenção da gestora de fundos DLM Invista Asset Management, que adquiriu uma participação de 20% no negócio.




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>>> ESCALENA
Logística para lojas da internet


Abrir e manter um site de e-commerce pode até parecer uma tarefa fácil, mas não é. Muita gente acaba pecando por não dar atenção a detalhes importantes, como controle de mercadorias e soluções de pagamentos. "Nós fazemos todo o trabalho sujo", brinca Paulo César Chacur, 47 anos, sócio majoritário da Escalena, especializada em logística para empresas de e-commerce. A empresa existe desde 1997 - mas foi só nos últimos três anos que passou a registrar um crescimento constante, de 40% a 50% ao ano. Para 2011, espera contar com um faturamento de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões.




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>>> PÓS-CLIQUE
Inserção em sites de busca


A Pós-Clique faz gestão de links patrocinados. "Procuramos encontrar as palavras que, na busca feita pelo usuário, levam a nossos clientes", diz João Paulo Ayres, 35 anos, dono do negócio. A agência passou de oito para 841 clientes em quatro anos. Em 2009, o faturamento foi de 2,5 milhões - para 2010, a previsão era chegar a R$ 4,8 milhões.

#MARKETING EM REDES SOCIAIS
NEGÓCIOS ESCONDIDOS NAS COMUNIDADES Com a explosão do Twitter e do Facebook, um novo campo de ação surgiu para o empreendedor: o marketing em redes sociais. As grandes empresas estão inseguras sobre o que é falado a seu respeito nas comunidades. Quem souber fazer um bom trabalho de monitoramento e colocar essas corporações em posição favorável tem tudo para crescer. Outra tendência são os anúncios em redes sociais: apesar da resistência dos participantes, eles são cada vez mais comuns. "O grande desafio é integrar e-commerce e redes sociais", diz Gustavo Donda, diretor de criação do grupo de comunicação TV1. "Esse casamento ainda está no começo, há muito o que explorar."




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>>> WOIT
Monitoramento de comunidades


Um dos maiores desafios das empresas é entender - e controlar - o que está sendo dito sobre elas nas redes sociais. "Não basta saber quantas vezes a marca foi citada", diz Leandro Nascimento Loi, 27 anos, um dos sócios da Woit, ao lado de Rodrigo Copetti, 31 anos. "É preciso processar esses dados e analisar o que está sendo comentado." Juntos, os dois sócios criaram uma ferramenta, chamada Intelli, capaz de interpretar informações das redes e gerar relatórios em tempo real para os clientes. "Com isso, podemos vasculhar milhares de lugares: blogs, vídeos, notícias, fóruns e redes como Orkut, Facebook e Twitter." Fundada em 2007, a Woit está em processo de incubação na Celta, em Florianópolis: a expectativa de Loi e Copetti era de um faturamento de R$ 300 mil em 2010, o primeiro de real atuação no mercado, e de R$ 800 mil em 2011.





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>>> BOO-BOX
Anúncios nas redes


Marco Gomes, 24 anos, e Marcos Tanaka, 33 anos, foram os pioneiros em inserir publicidade nas mídias sociais. "Percebi que havia muita gente criando conteúdo bacana, sem conseguir ganhar dinheiro com isso. Do outro lado, havia anunciantes à procura de conteúdo para usar como veículo. Resolvemos intermediar essa operação", diz Gomes. A Boo-Box trabalha tanto com redes sociais abertas como Twitter e Facebook, quanto com as fechadas, como blogs e fóruns. As agências de publicidade contratam a Boo-Box, que procura a melhor colocação nessas redes, com base no perfil da audiência, idade, localização, etc. Depois, os donos de sites recebem uma parte do dinheiro, de acordo com a relevância da sua audiência. Em 2007, ano em que foi criado, a Boo-Box recebeu um aporte de US$ 300 mil da Monashees Capital, fundo especializado em mídia digital. Mensalmente, a empresa publica 600 milhões de anúncios em 13 mil sites de mídia social e 2 mil perfis de Twitter. "Em 2010, a empresa passou a ser lucrativa", comemora Gomes.


Fonte: PEGN

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