quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mudança no topo do mundo



O capital migra da Europa e dos Estados Unidos para os países emergentes e põe em evidência uma nova elite empresarial que compartilha valores e domina os mecanismos da economia global.


É uma manhã nublada no Rio de Janeiro, e o engenheiro capixaba Valdir Dall’Orto, diretor comercial da LLX Logística, está mais uma vez ganhando altura a bordo do helicóptero prefixo EBX, que decola do aeroporto Santos Dumont. Do alto, vê-se uma baía da Guanabara coalhada de navios que dão apoio às plataformas de petróleo da bacia de Campos. É para aquela direção, ao norte, que a aeronave embica. Seu destino é o Superporto do Açu, que fica a pouco mais de 250 quilômetros dali. Dall’Orto faz a viagem pelo menos quatro vezes por mês, normalmente acompanhando executivos de companhias interessadas em instalar-se naquele que deverá ser o maior porto-indústria da América Latina. “A maioria dos operadores de petróleo está em contato conosco”, diz Dall’Orto.

O Açu está sendo preparado para receber os maiores navios do mundo. Contando sua retaguarda, o porto espalha-se por uma área de 90 milhões de metros quadrados. São 15 quilômetros de frente para o mar. Seu principal terminal foi desenhado com quatro “berços” para cargueiros de minério de ferro (haverá capacidade para exportar até 100 milhões de toneladas por ano) e cinco para petroleiros. O segundo terminal é um porto de carga, para produtos siderúrgicos e granito. Em terra firme, há previsão de duas siderúrgicas, um polo metal-mecânico e usinas elétricas a carvão e gás natural, além de uma montadora de automóveis – há conversas bem adiantadas com a Nissan.

Fonte: época negócios

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