sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Teve dias em que pensei em desistir, mas deu certo



Desde o início, já desejava que o futuro do meu negócio fosse além da venda de um refrigerante e um salgado. Sempre ficava imaginando como poderia fazer para que os produtos ultrapassassem as portas do ponto de venda. Antes disso, tive que focar o meu processo produtivo, otimizando algumas etapas, inclusive investindo em equipamentos.

Comprei equipamentos industriais, como batedeira e ralador de queijo, fornos com maior capacidade de aproveitamento, layout da cozinha e vasilhames, entre outros itens que otimizassem a produção. Foi uma iniciativa positiva, mas um sufoco. Tudo sem empréstimo bancário, pago de forma parcelada: a cada mês era um desafio cumprir o compromisso.

Quanto aos fornecedores, comecei a comprar direto com os fabricantes. Era uma vantagem representativa, mas o prazo era determinado em função da quantidade comprada. Mesmo assim, mantive o raciocínio, pois com margem pequena não se pode desperdiçar dinheiro. Fui aprendendo o que manter e o que eliminar.

Em alimentação, os prazos de pagamento não são muito diluídos. Comentei com um professor do programa 10,000 Women e ele disse que é devido ao tamanho do negócio. Um grande atacadista conseguiria prazos melhores. Um dia chegarei lá!

Quanto à contratação de pessoal, foi bastante complicado, mesmo tendo formação e experiência em RH! O mercado vem sofrendo uma modificação muito grande, e encontrei dificuldades para conseguir boas atendentes. Busquei no mercado uma empresa que recrutava para uma rede especializada em salgados de Belo Horizonte. Achei que tinha encontrado respostas para as minhas dificuldades. Ledo engano. Houve problemas de todas as formas, e a proprietária da empresa confirmou que, em questão de números, o índice de rotatividade de atendentes de alimentação é altíssimo.

Depois de algumas tentativas sem sucesso, segui um método próprio para contratação: indicação entre as colaboradoras mais estáveis, uma conversa bem direta, identificação das expectativas, monitoramento de perto e correção dos erros. Aí sim, encontrei o cenário de que eu precisava. Alguns casos foram possíveis de reter, outros, não, mas eu diria que hoje consigo administrar melhor essa deficiência crítica do setor.

Reconheço que a dedicação que a gestão de pessoas exige, se bem trabalhada, gera resultados positivos. Tenho pessoas que trabalham comigo desde quando comecei. Não imaginava que as dificuldades que tive no início fossem traduzidas numa relação de confiança, responsabilidade e comprometimento. Aproximei-me dos valores morais e éticos dos colaboradores, com um cuidado enorme, até ter certeza de que era o melhor caminho. Segui minha percepção e concentrei meus esforços. Teve dias em que pensei em desistir, mas tenho boas notícias: deu certo!

fonte: PEGN

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