Washington, 8 out (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) aconselhou hoje a retirada dos pacotes de estímulo aprovados durante a crise e prudência fiscal para evitar perigosos excessos na América do Sul. "O desafio imediato para os governos é assegurar que a situação não se aqueça demais, estar alerta perante possíveis excessos", afirmou hoje em entrevista coletiva o economista chefe do FMI para a América Latina, Nicolás Eyzaguirre.
O diretor destacou o forte ritmo de crescimento dos países da América do Sul, com o Brasil, que pode crescer 7,5% este ano, liderando o grupo. Mencionou que a forte recuperação da demanda doméstica foi um fator positivo este ano, mas insistiu que precisa ser "moderada" a fim de evitar problemas como a inflação.
Afirmou, por outro lado, que o crédito ter voltado a fluir nos mercados é outro fator positivo, mas indicou que também é necessário ter cuidado para "evitar excessos financeiros". "A retirada a tempo das políticas de estímulo macroeconômico será essencial", explicou Eyzaguirre.
O diretor também mencionou que a América Latina "esteve à altura" do grande desafio sistêmico em andamento que requer um equilíbrio global. Para Eyzaguirre, esse equilíbrio exige que a demanda privada substitua a demanda pública, que teve um papel crítico durante a crise.
O segundo ato de equilíbrio pede que os países deficitários, como os Estados Unidos, estimulem a economia e potencializem o setor exportador, e que os que têm superávit, como a China, impulsionem a demanda interna. Além disso, mencionou que nessa frente a América Latina também demonstrou ser um parceiro responsável no cenário global, ao aumentar sensivelmente suas importações.
Destacou que isso é uma mostra do espírito de cooperação que, segundo o Fundo, é necessário para conseguir que o atual processo de recuperação em andamento se consolide. EFE
Fonte: època negócios
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