Empresa paulista faz da sustentabilidade seu maior diferencial e conquista clientes de peso, como Natura e Wal-Mart.
Vinte anos atrás, em uma época na qual o termo cultivo orgânico poderia soar como papo de comunidade alternativa, o casal de engenheiros agrônomos Luiz Antonio Galhardi, 48 anos, e Pérola Galhardi, 47 anos, resolveu fazer da plantação de buchas uma fonte de sustento. Eles se preocuparam em produzir tudo de modo natural. Nada de agrotóxicos nem de fertilizantes. Com o passar do tempo, a proposta se traduziu em uma aguçada visão de negócios. A marca Orgânica deve faturar R$ 6 milhões em 2009, com previsão de crescer 20% em relação ao ano passado. Na cartela de clientes, nomes como Natura e Wal-Mart. Nada mal para quem começou de um jeito despretensioso, em Avaré, interior de São Paulo. No início, o faturamento não passava de R$ 8 mil anuais. O salto que viria moldar o negócio na forma atual se deu com a abertura da fábrica em Santana de Parnaíba, nos arredores da capital. Durante sua trajetória, os empreendedores afirmam ter mantido o propósito original. “Conseguimos mostrar que os orgânicos são um ótimo negócio para o planeta e para o bolso.”
PLANTAÇÃO SOCIAL
São mais de 10 mil pés de buchas plantados em Avaré. A empresa promoveu cursos de manejo orgânico para famílias de Minas Gerais, Paraná e Bahia, hoje fornecedoras
FLORESTA PROTEGIDA
A madeira usada nos produtos leva o selo Forest Stewardship Council (FSC), uma das mais prestigiadas certificações de manejo florestal sustentável
SEM DEFENSIVOS
No controle de pragas, iscas atraem os insetos para longe da plantação. Cinzas de lenha retiradas da caldeira de uma fábrica local atuam como repelente
PACIÊNCIA ARTESANAL
Galhardi conta que a empresa faz uma seleção natural das buchas para assegurar um material mais macio. "Hoje temos uma qualidade impossível de copiar", diz
Fonte:PEGN
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