sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A elite precisa se preocupar com a educação básica do Brasil”


Para Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, o ensino não pode ser considerado uma responsabilidade governamental. Deve ser vista como uma questão pública que exige a atuação de toda a sociedade .
A responsabilidade das empresas e dos cidadãos quanto à educação dos brasileiros é igual à do governo. “Nós, da elite, precisamos nos preocupar de fato com a qualidade do ensino no Brasil. Educação é uma questão pública e não governamental”, afirmou Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna durante seminário do Lide – Grupo de Líderes Empresariais na noite de quinta-feira (25/2) em São Paulo.


À frente de projetos de melhoria do ensino público brasileiro, Viviane defende que os empresários devem investir tempo e dinheiro para incrementar o nível educacional de crianças e adolescentes. Essa seria a única forma de melhorar os resultados da economia, da política e da produtividade no Brasil.

“É muito mais inteligente investir na educação das crianças e adolescentes do que na recapacitação das pessoas que chegam no mercado de trabalho”, diz Viviane, citando que o investimento de algumas multinacionais em treinamentos feito no Brasil é o maior do mundo.

Viviane argumenta que a sociedade brasileira não diferencia as questões públicas das governamentais, porque, no Brasil, o governo sempre foi sinônimo de ações públicas. “Educação e saúde são questões públicas que, como a palavra mostra devem ser motivo de preocupação de toda o público, ou seja, de empresas, cidadãos e governo”, afirma.

O Instituto Ayrton Senna, braço social do Lide, executa uma série de projetos patrocinados pela iniciativa privada para melhorar os resultados do ensino nas redes estaduais e municipais do Brasil. O desafio é reverter os altos percentuais de repetência entre os jovens. As estatísticas mostram que 30% dos brasileiros não concluem o ensino fundamental no prazo correto e que 50% dos estudantes não se formam no ensino médio no tempo adequado.

Em um dos projetos, o instituto e o governo do Tocantins conseguiu reduzir de 43% para 14% o percentual de alunos atrasados na escola do estado. O resultado é um exemplo de que unindo esforços é possível ganhar a guerra contra o ensino de má qualidade. E povo educado é estratégico “para o país e para o governo”.


Fonte : època negócios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário