quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os segredos de quem ganha milhões com aplicativos


Os segredos de quem ganha milhões com aplicativos
10 empresas bem-sucedidas aconselham: não invista só em jogos para celular

Muitas outras trilharam esse caminho. Ou seja, não é recomendável ignorar completamente o mercado que vende direto ao consumidor. Só que a receita deve conter soluções e jogos inovadores, com reciclagem constante de títulos, além de um networking capaz de gerar mídia espontânea. “Um ano atrás, o simples fato de se lançar um programa na Apple Store já era notícia. Hoje, o sucesso depende de um plano de comunicação, promoções e investimento em marketing”, diz Newton Pontes, 44 anos, sócio e diretor de Negócios da i2 Tecnologia.

As categorias mais quentes na atualidade são jogos, finanças, produtividade, saúde e bem-estar, localização, utilitários para o dia a dia e redes sociais.
Detalhes podem decidir a sorte de um game ou utilitário. O nome, por exemplo. Se incorporar palavras-chave, ganha mais visibilidade nos mecanismos de pesquisa.
Isso porque o título é usado como principal referência nas buscas das lojas on-line. Fazer campanhas pelas redes sociais ajuda a chamar a atenção. O desenvolvedor pode oferecer downloads gratuitos aos formadores de opinião, como blogs, portais e revistas especializadas.

Tudo para atingir o mercado corporativo. Os valores de projetos começam em R$ 20 mil para um aplicativo institucional simples feito para apenas uma plataforma. Softwares mais sofisticados, que incluem tecnologias como realidade aumentada, georreferenciamento e interatividade, desenvolvidos em versões para vários tipos de sistemas operacionais, chegam a custar R$ 300 mil.

Ao direcionar recursos para esse nicho, a Maya Labs, uma das principais desenvolvedoras do país, registrou em 2009 um aumento de 90% nos negócios em relação ao ano anterior. “A meta é manter uma taxa de 60% em média até 2012”, afirma Renato Pereira, 27 anos, sócio da start-up. A Navita, especialista na plataforma BlackBerry, estima um salto de 120% em 2010. “Vamos investir em aquisições de empresas e, assim, diversificar o portfólio de produtos com soluções para os demais sistemas operacionais”, diz Roberto Dariva, 36 anos, diretor-executivo do grupo.

As grandes empresas brasileiras começaram a despertar para o potencial dos aplicativos apenas de um ano para cá. Pesquisa da agência de soluções mobile Mowa, realizada em abril com as 500 maiores companhias nacionais, mostra que os aplicativos ultrapassaram os sites móveis na preferência das corporações: softwares para download já representam 29% do investimento em mobilidade contra 25% das páginas de internet para celulares. “O levantamento revela que apenas 5% dos principais conglomerados do país têm uma estratégia de mobilidade definida. A maioria usa apenas ações de sms”, afirma Guilherme Santa Rosa, 29 anos, sócio do grupo. “O mercado, na verdade, está começando agora.”

5 DICAS PARA ENTRAR NO MERCADO 1>>> A APPLE STORE E O ANDROID MARKET exigem que os desenvolvedores dos aplicativos oferecidos em suas vitrines virtuais sejam registrados. Para vender ou distribuir programas na loja on-line do iPhone e iPad, a empresa ou programador precisa pagar uma taxa anual de US$ 99. Já o Google pede uma contribuição de US$ 25, desembolsada apenas uma vez. Nas duas lojas, o dono do software fica com 70% do valor de venda.

2>>> APESAR DO EMBATE ENTRE IPHONE E ANDROID no mercado de consumidores finais, quem domina o front corporativo é o BlackBerry, da canadense Research in Motion (RIM). Quem deseja conquistar clientes de empresas deve conhecer a plataforma e as necessidades de seus usuários.

3>>> AS DESENVOLVEDORAS DE MAIOR SUCESSO apostam no conceito multiplataforma. Ou seja, oferecem versões do aplicativo para todos os ambientes móveis, como iPhone, iPad, Android, Symbian, BlackBerry e Windows Phone. O valor de um projeto com essa característica cresce em média 60% em relação ao direcionado a apenas um sistema.

4>>> CRIATIVIDADE É O PRINCIPAL FATOR DE SUCESSO “Só adaptar um conteúdo web para a plataforma móvel é uma passagem para a irrelevância”, afirma Amauri Mello, 57 anos, vice-presidente de conteúdo da Gol Mobile, divisão do grupo Gol para aplicativos. Muitos sucessos da Apple Store foram brincadeiras, como o iFart, um simulador de flatulências que teve 34 mil downloads em apenas um dia e gerou 763 imitações. Recursos da moda como realidade aumentada e localização por GPS por si só não representam uma inovação. Sem considerar os games, um segmento à parte, os programas mais baixados transformam o smartphone em um instrumento novo, como uma lupa, um scanner de código de barras e um scanner de cartões de visitas.

5>>> TER ESTRATÉGIA DE MERCADO
É FUNDAMENTAL Por exemplo, um aplicativo pode ser idealizado para um público regional, uma faixa etária ou para redes de relacionamento.

materia: PEGN

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