terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Estudo polêmico relaciona casamento com obesidade


Levantamento realizado pelo Hospital do Coração demonstra que metade das pessoas entrevistadas evitaria se casar com alguém bem acima do peso




Um estudo realizado pelo Hospital do Coração em São Paulo (Hcor) nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro com 600 pessoas mostrou que 81% dos entrevistados afirmam que a obesidade interfere na ascensão profissional e 78% acreditam que o excesso de peso dificulta o casamento.

Desenvolvida pelo HCor em parceria com o Instituto de Metabolismo e Nutrição (IMeN), a pesquisa, realizada em abril deste ano, avaliou a opinião de pessoas entre 18 e 60 anos sobre o perfil do obeso no Brasil. No levantamento, foram analisados classe social, estado civil, nível de instrução, sexo e faixa etária dos entrevistados.

Dos 600 entrevistados, 81% acreditam que o excesso de peso interfere no sucesso profissional. De acordo com o levantamento, a opinião é mais significativa na classe C (83%). Já na classe B, 80% afirmam tal situação, contra 60% na classe A. Essa porcentagem é relativa ao número de pessoas que representam cada classe social dentro da pesquisa.

De acordo com o coordenador da pesquisa, o médico Daniel Magnoni, outro fator preponderante identificado pelo estudo é a opinião dos entrevistados sobre o casamento com um obeso. Entre os entrevistados, 78% acreditam que o excesso de peso interfere nas relações matrimoniais.

A pesquisa apontou que 50% das pessoas entrevistadas não se casariam com um obeso. Já 54% dos entrevistados do sexo masculino afirmaram não ter interesse em construir uma relação matrimonial com pessoas acima do peso, enquanto para o sexo feminino essa conclusão é um pouco menor (em torno de 46%). No que diz respeito às classes sociais o número é maior, pois 66% da classe A não assumiriam a união, contra 44% da classe B e 51% da classe C.

Além das barreiras físicas que comprometem ações sociais, profissionais e afetivas dos obesos existem aquelas ligadas à mobilidade e locomoção, como é o caso da escolha de um transporte público que atenda às necessidades dessa população, de roteiros de viagens e prática de atividades físicas diferenciadas para pessoas com excesso de peso.

Já sobre tratamento e prevenção, os métodos convencionais mais utilizados e conhecidos pela população em geral foram os mais identificados pela amostra da pesquisa. Como melhor forma de conhecer e buscar tratamento para a obesidade, 40% dos entrevistados afirmaram obter informações por meio de nutricionistas. Médicos somaram 31% e os veículos de comunicação, 24%. Para perder peso, o exercício físico saiu na frente, com 58%, contra 41% de tratamentos a base de dieta, medicação e cirurgias.

Entre os alimentos mais citados relacionados à obesidade apareceram as frituras com 33%, massas, pães e bolos com 27% e o açúcar com 23%.

Agência Estado

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