quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bacon, produto típico do prato americano, sai das negociações em bolsa


A Bolsa de Chicago já suspendeu todas as negociações de contratos futuros de barriga de porco congelada no início desta semana, pela primeira vez na história. Na última sexta-feira (15/07), o CME Group já havia anunciado que iria paralisar as negociações devido à baixa demanda registrada nos últimos meses.

Partes congeladas da barriga de porco, utilizadas para fazer o bacon, produto típico do prato dos norte-americanos, eram negociadas em bolsa desde 1961. Com a queda da demanda pelo produto (desde janeiro a CME não registrou nenhum contrato), as operações foram suspensas. O CME Group divulgou que tentou várias vezes reanimar as operações, mas o mercado não reagiu porque os hábitos dos norte-americanos mudaram drasticamente.

A barriga do porco passou a ser negociada no mercado futuro para que os frigoríficos e indústrias processadoras de carnes se protegessem de riscos de oscilações do preço do bacon. Através desta operação, em que vendedores e compradores fecham contratos de entrega do produto em uma data pré-determinada e com preço fixado, o mercado mantinha o equilíbrio e o produto, antes sazonal, ficava estocado no inverno para ser vendido aos consumidores no verão. O auge das negociações ocorreu no início dos anos 1980, quando o produto se tornou ícone da indústria global de derivativos.

Com o passar dos anos e a popularização do bacon entre os americanos, o produto não precisou mais ser estocado e passou a ser comercializado o ano todo. Atualmente, as indústrias não estocam mais o bacon, mas apenas as partes frescas da barriga de porco.

fonte: globo rural

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