
Academia Pontifícia das Ciências deu seu sinal verde aos organismos geneticamente modificados (OGM) ao considerar que não existe perigo no uso de engenharia genética para a melhora da produtividade agrícola.
O organismo vaticano expressou sua aprovação em um relatório sobre plantas transgênicas para a segurança alimentar, que será publicado na revista científica "New Biotechnology", cujos trechos foram publicados antecipadamente nesta terça-feira (30/11) pela imprensa italiana.
"Não há nada de intrínseco no uso da engenharia genética para melhorar os cultivos que tornariam perigosas as plantas e os produtos alimentícios delas derivados", assinala o relatório, elaborado após a semana de estudos realizada em maio passado pela Academia Pontifícia das Ciências, sediada no Vaticano.
O relatório é assinado por 40 especialistas, entre eles sete membros do organismo vaticano. Ele indica que 1 bilhão de pessoas, dos 6,8 bilhões que conformam a população mundial, sofrem de desnutrição, o que exige o desenvolvimento urgente de novos sistemas de tecnologias agrícolas.
O estudo acrescenta que esses novos sistemas de tecnologia agrícolas são mais urgentes do que nunca, levando-se em conta que a população mundial aumentará entre 2 bilhões e 2,5 bilhões até 2050 e que a mudança climática e a redução dos recursos hídricos para a agricultura repercutirão na capacidade alimentar da população.
Segundo o relatório, as práticas agrícolas atuais "já não se sustentam". Os especialistas destacaram que a "aplicação apropriada" da engenharia genética e de outras modernas técnicas moleculares "contribui para enfrentar esses desafios".
fonte : globo rural.
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